terça-feira, 28 de setembro de 2010

Estrada sem fim

Um mergulho íntimo,para o centro de mim
Descobertas e vínculos,um trajeto,estrada sem fim
Frente ou verso,futuro ou passado,viver ou morrer
Recordar ou planejar,imaginar ou desaparecer
Mais que tudo,quase nada,um pouco,o suficiente
A exatidão,o sim e o não,pacato ou demente.

Não era bem isso,ou aquilo,não era assim
Deve ser perigosa,ingrata,essa estrada sem fim
Neste inferno no paraíso,flores flamejantes
Almas perdidas,distintas,tão distantes
A união em conflito,a criação iminente
O rancor perto do amor,a tristeza contente.

A vívida impressão,a nítida ilusão
A estrada sem fim,a ramificável emoção
Êxito e fracasso,conquista e derrota
O corpo e a mente,o que realmente importa
Um gosto de desgosto,um sabor de amor
A mesma coisa,de outro ponto de vista
As viagens longas do meu coração turista
A solidez da solidão,inevitável destruição.

Tudo o que sinto,não omito

Não consigo te ver e não dizer
As coisas que minha mente pode conceber
Seria como um mar seco,chuva de ar
Omissão extrema,caráter vil,auto-enganar!

Tudo o que penso,vou dizendo,sem medo
Tudo o que sinto,não omito
Nada será como deveria,tudo é mutável
As leis,segundo os princípios;algo descartável!

Sempre o mesmo ser,transeunte alucinado
De frente para trás,ao inverso,de lado
Tudo o que vejo,nem sempre almejo
Tudo o que sinto,não omito!

No rio que corre as águas do meu viver
Eu jogo pedras de lembranças pra te esquecer
O céu limpo e claro,escuro e profundo
Nas entranhas da mãe,o filho do mundo
Caos,destruição,distúrbio,alucinação!

Tudo o que amei,folhas que despedacei
Tudo o que sinto,não omito
Quem é o cara no espelho?Ele é anormal?
Talvez seja o vínculo perdido,criatura sobrenatural!

Detalhes verdes

Selva de pedra,cinza dominante
Poluição bem sucedida,natureza na estante
Decoração do mundo globalizado
Detalhes verdes,nosso habitat modificado

O vermelho sangue tornou-se uma vil célula
Que passa por mãos alheias e volta contaminada
Mas continua tendo o seu valor,imenso valor
Valor que adquire remédios para curar a dor
Que volta e que estorva,para depois passar

Detalhes verdes,ar puro em estoque
Detalhes verdes,o mundo em choque
Detalhes verdes,alma contaminada
Detalhes verdes,conduta civilizada

Mãe natureza,madrasta sociedade
Interesses impuros,mediocridade
Vão pagar caro,não com cédulas
Mas sim com suas próprias células!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Amor,o mágico

O feitiço do coração pulsante
O devaneio do conceito meliante
Uma história romântica,final trágico
Truques e ilusionismo;amor,o mágico
Surpresa!Tristeza!Felicidade!Amizade!

Faça sumir uma lágrima,um triste sorriso
Ramifique as certezas,amplie os motivos
Corte ao meio a saudade,quero minha metade
E você,o que irá dizer?Silêncio para entender
Coelho na cartola,esperança e confiança
Amor,o mágico;complexidade e simplicidade!

Me faça flutuar,eu quero te alcançar
Me faça sumir,eu não quero existir
Se isso significa não estar com você!!!


Em voltas e espirais,não adianta,nem atrasa mais
Relógio travado,sonho pelado,roupas e leis
Para vestir e despir a natureza,maquiar a beleza
Desse mundo vil e fantástico...amor,o mágico!


Horas,minutos,segundos..vão passando
Cronologicamente á frente,nunca voltando
Azar...morte...vida...sorte!
 

Paredes de hospício

Asas de cera,liberdade de chocolate
Cérebro de massinha,idéias moldadas
Corpo de barro,com ou sem farinha de trigo
Medo feito de frutas,sabor e olor de perigo.

Dentro do forno,congelado,paralisado
Paredes de hospício,neste e naquele lado
Fugitivos da realidade,réus retardados
Sentenciados a felicidade;serviços ao acaso
Preso na liberdade que comprou,que aceitou
De um estranho rosto conhecido,que mudou
Se transfigurou,se mutilou;desapareceu.

Maníaco,abstrato,concreto,asfalto
Pútrido,vívido,mórbido,dividido
Acabado,descontinuado,linear;devanear.

Chão de nuvens,teto de universo
Paredes de hospício,um acordar disperso
Ilusionismo sentimental,fora do normal
Paradoxo,contraditório,incógnita espiritual
Reflexo aquático,bolhas de amor odioso
Alegria estampada,um choro doloroso.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amnésia

Tenho algo para dizer
Não ta difícil perceber
A minha apatia mórbida
O meu desãnimo crônico!

Falta pouco,sobra muito;tempo de viver
Quase morte que és,tormento feliz
Se mereço,desmereço;apenas quis
Quis saber,mas não sei,se preciso entender!

A distância é a mesma,mesmo assim
Não entendo,não faz sentido,enfim...
Nada importa,o importante por si só,ou não
Representa os valores em crise econômica
O saldo zero  de toda e qualquer emoção!

Encantador ou desolador,incrível ou lamentável
Feliz,infeliz,ator,atriz,representação
Existência baseada em fatos de ilusão
Mártire de luxo,cinco estrelas,uma lua
Lá,distante,exorbitante;terrível e sensível!

Agora é sério,não sorria para mim
Está próximo,o apavorante fim
Antes,preciso confessar,você precisa saber
Eu te...espere,acabo de me esquecer!!!

Pretensão

Por acaso ou não,com ou sem coração
Quer namorar comigo?
Quer casar comigo?
Quer morrer comigo?

Sim,sim e não,são possíveis respostas,mas
O que quero com isso tudo,senão privatizar?
As coisas da vida e quem sabe até da morte
Pretensão de poder,domínio sobre o azar,sobre a sorte.

Quero,quero,e não espero,somente quero
O que tenho,o que sou,eu dou o devido valor?!?
Talvez sim,talvez não,tenho dúvidas,uma questão
Se tenho vontade e com ela a necessidade
Devo ou não,realizar esta pretensão?!?


Entre ser vil ou ser autêntico
Qual a preferência mundial?
Entre ser ou ter,acreditar ou poder
Qual a devida valorização?


Pretensão sem emoção
Destruição sem satisfação
Morbidez sem limites
Degeneração sem explicação!