segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Autoridade

O que eu devo ou não fazer
Se devo obedecer e pertencer
Trajes socialmente aceitáveis
Conceitos e concepções notáveis
Autoridade máxima,liberdade mínima
Regras que te deixam para baixo
Vícios que te deixam para cima!

Leis de fundamento financeiro
Tudo gira em torno do dinheiro
Papel moeda que me nega vida
Bilhões de almas em uma grande cela
Enferrujada e pessimamente dividida!

Autoridade que te traz obviedade
Processos e métodos lineares
Te castiga por crimes que não cometeu
E diz que a escravidão morreu
Te oferta direitos fantasmas
Te subtrai ao quase nada
Te divide em classes sociais!

A,B ou C,média,baixa ou alta
O inútil fatalmente lhe falta
Todos em busca de uma oportunidade
De se curvar diante da autoridade
E ser pisoteado e usado como gado
Por aqueles soberanos e semi-deuses
Sedentos pelo nosso sangue e suor

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Contradição

Não me sirva certezas
Em bandejas enferrujadas
Não me oferte a pureza
De suas razões dilaceradas
Traga até mim alguns motivos
Quaisquer deles,não me importa
Abra a janela e feche esta porta
Vamos sair desta contradição...

Que imensidão de espaço
Quanto tempo,quanto atraso
De que adianta adiantar o futuro
Ou atirar como um leigo...
Neste severo e implacavel escuro?
Me diz,me diz...qual ator,qual atriz
Se passará pelo principe,e por aquela
Esquecida e ignorada meretriz?

Contrapartida,contradição,contra-ataque
Pegue esta faca afiada e com ela me marque
Faça em mim uma visível cicatriz
Deixe escorrer o meu vermelho sangue feliz
Abra em mim uma cratera e me atire ao mar
Para ver se eu consigo ao núcleo chegar
Desta ramificação de complexidades vis
Deste circo de horrores,com péssimos atores
Que não sabem atuar,nem pensar...

Quanta emoção,quanta contradição
O que existe jamais existiu
Aquele que se rendeu,jamais resistiu
Não,Não e não,não me peça compreensão
Não me faça chantagem,pois não vejo vantagem
Em seguir este caminho confortável e estável
Neste aquário com aspecto áspero e linear
Onde não posso sequer devanear
Enquanto me banho em lágrimas
De uma sem igual felicidade!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Arco e flecha

Me acerte,aceite que perdeu
E que encontrou uma alternativa
Que alguém por ai esqueceu
Pegue as folhas de papel picado
Do teu passado ao meu lado
E jogue fora o que restou...

Café com leite,pão com manteiga
Rosto desfigurado,face meiga
Arco e flecha,ar e água,sol e lua
Vestes que te deixam nua
Te removem a essência e a pureza
Trazem até ti uma estúpida beleza
Maquiada e deturpada,irreconhecível
E te torna invisível ou não perceptível!

Acenda o fogo e me consuma por inteiro
Não seja o último nem o primeiro
Me ataque de forma rápida e eficaz
Me passe adiante ou me deixe para trás
Decida-se entre me admirar ou me odiar
Ou fique na dúvida e passe a me ignorar!

Preto e branco,céu estrelado
De ponta á ponta,de lado á lado
Resumos semanais e alguns comerciais
Que não passam mais,e nem passarão
Pelo crivo da razão,tribunais da percepção
Arco e flecha,mãe e filho,chuva de prata
Cansei de buscar pontos de vistas 
Para embelezar esta realidade ingrata!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pertencer

Uma penitência de ser
Algo vil para pertencer
E padecer no paraíso
Selecionando belas lágrimas
De um rançoso sorriso!

Paz,paz,paciência e penitência
Receio e recheio entorpecente
Carinho meu caro,estou carente
Estou rente ao infinito,estou rendido
Me encontro no exato oposto
De algum vale misterioso e perdido!

Bilhões de pessoas para conhecer
Mas somente algumas para pertencer
Apenas uma para gostar e amar
A mesma pessoa que irá te decepcionar
Será...?!?

Quem sabe,sabe que não saberia
Que saber não é pra valer
E quem diria...
Que o mundo seria dos ignorantes
Que por natureza são intolerantes
Ao sopro de ar puro que se esvai
Pelas janelas abertas
Através do nada,quase nada
De alguma mente fechada e condicionada!

sábado, 29 de outubro de 2011

Oportunidade

Chances perdidas,provações vencidas?
Existências paralelas entre si
Sonhos de papel impresso,ao inverso
Da essência da nossa fonte de ser
Um começo,meio e quiçá um fim
Do processo contínuo de apodrecer!

Ignorância sem censura
Para toda e qualquer idade
Método de conduta comprovado
E embalado para viagem
Uma travessia através da vida
Sem nenhuma conectividade
E sem nenhuma oportunidade!

Guerras tão cruéis e sangrentas
Almas tão lineares e sedentas
Por algo novo e competitivo
Por este ou por aquele motivo
Buscando erros e acertos quaisquer
Buscando sua alma gêmea
Um homem ou quem sabe uma mulher!

Alto grau de periculosidade
Baixa proporção de oportunidade
Castelos de ouro e corações de areia
Um sangue impuro e vil permeia
Os alicerces de uma tal sociedade
Feita de grades e muros esqueléticos
De corpos em lenta decomposição
E espíritos que se tornaram paraplégicos
No mundo onde se compra e vende
Certas doses de ilusão!

domingo, 23 de outubro de 2011

Tuas vontades

Noite dos desejos carnais
De almas belas e sobrenaturais
Um cálice de um saboroso vinho
Ela despida e deitada sobre rosas
E eu perfurando os limites...
Com um espinho!

E que sejam feitas as tuas vontades
Que se fundam as infinitas realidades
Que o prazer seja a lei regente
E que a nosaa junção de essências
Seja o nosso mais nobre e puro presente
Do acaso que é nosso tutor
Pois fomos abandonados pelo amor!


Ao tocar-te esta pele sedosa
Senti pulsar de ti vontades íntimas
Vontades de uma mulher maravilhosa
Que veste o manto da lua
E que transborda em fogo solar
Mulher de segredos intensos
Divindade que ouso reverenciar!


Tuas vontades são minha prioridade
Teus anseios são minha obrigação
Teus sussurros são meu grito de liberdade
Te possuir e ser parte integrante de ti
Passou a ser minha existencial...
E obsessiva necessidade!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O preço do apreço

Quanto vale gostar sem pensar
Para depois separar e sangrar?
Quanto vale esta estranha experiência
De saborear a união e depois a ausência?
Quanto vale uma palavra dita em outro idioma
Qual coração nunca esteve em coma?!?

Como é tensa esta minha sentença
Que crueldade com a minha falsa santidade
Qual é o preço do apreço?
Qual é o teu endereço...
Meu amigo imaginário?!?

Vou pular do penhasco,vem comigo?
Você realmente é meu amigo?
Vai sacrificar sua vida para me salvar?
Vai deixar de lado teu ser,vai se enganar?

O preço do apreço é alto demais
Estou sozinho neste mundo
E sei que é tarde demais
Quase noite,antes era o dia brilhoso
Deste universo complexo e nebuloso
Onde a razão fala mais alto
Onde o jardim é asfalto!

Embale teu coração para viagem
Perca os motivos e encontre coragem
Para dançar no ritmo oposto ao ideal
Para fazer do bem um novo mal
Para ser um anjo em decadência
E um demônio com benevolência!

Pague o preço do apreço
Envenene sua alma com vínculos
Para perceber depois que são todos
Meramente ilustrativos e ridículos!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Transição

Estou em carreira solo
Neste solo de viver
Caminho entre espinhos
E por vezes ouso delirar
Jogado aqui neste jardim
Em uma transição sem fim!

Sem mapa e sem direção
Sem razão nem coração
Em partes magoado
Em partes indecifrado
Uma fração de segundo
Em primeiro plano
Transição de imaginar!

Sou um risco e um rabisco
Sou o que há e o que faltará
Luz escura e adrenalina pura
Neste radical ciclo de esperar
Querendo não querer
Padecendo por não merecer
Lenta transição aleatória
Sou o tema da derrota
Sou o âmago da falsa vitória!

Nuvem de conceitos que evaporam
Céu de promessas que demoram
A virar realidade e felicidade
Livro aberto,de conteúdo incerto
Música sem harmonia e magia
Movimento em transição paralela
Concepções e meras opiniões
Trabalho sujo e mal pago
Um doce que de tão venenoso
Se torna algo vil e amargo!

domingo, 9 de outubro de 2011

Esquecimento

Tempestade de lágrimas petrificadas
Serpentes de plástico,todas desoladas
Esqueletos de espelhos abandonados
Sombras de sonhos mal ilustrados
Utopias de vidas bem divertidas
Tentações de algumas poucas emoções!

Asas de papel que desabam com o lamento
Peças aleatórias neste tabuleiro de esquecimento
Divindade sem a majestade ignorância
O lado mais maligno deste ser benigno
A força de vontade com anemia celular
Aquele grande motivo,que não vai voltar!

Suspiro de agonia em infinita harmonia
Com a morte de toda forma de morte
E certa sorte de não existir sorte
A cada dia passado,um futuro amassado
A cada carta enviada,uma luz apagada
E muita dor,muita angústia e sofrimento
Vão te fazer sorrir e mergulhar
Neste mar morto de esquecimento!

Algumas vezes tentei absorver a ilusão
De viver em um mundo em ascensão
Outras vezes fiquei aqui pendurado
Entre o lado certo e o lado errado
Mas agora eu cai na tua armadilha
E me isolei das terras prometidas
Hoje sou uma distante e perigosa ilha!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Figurante

Um mundo aberto,uma cara fechada
Pouco me importa,é tudo ou nada
Este jogo tem várias dificuldades
Aceite o desafio,não se renda
Purifique e amaldiçoe tuas vontades!

Não sou ator,não sou amor
Sou errante,sou figurante
Sem palco,sem graça
Sou uma desgraça
Extremamente feliz
Um mestre da sabedoria
E também um aprendiz!

Saber ou não,não importa
Uma vida em si é uma espera
O pensar é uma grande esfera
E uma flor de plastico não pode chorar
Nem viver de dores,para depois
Se aliviar...ou tentar,se libertar

Queria sumir por um instante
Deixar de ser um figurante
Mas logo quero voltar a ser
Esta vida em forma de morrer
Quero crucificar minhas escolhas
E torturar minhas concepções
Quero buscar novas dúvidas
E esquecer velhas razões!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As portas da percepção

Grades uniformes,vidas uniformizadas
Alicerces trincados,estruturas abaladas
Abrupto pânico e um vasto silêncio
O frio correndo nas artérias existenciais
Para lá ou para cá,tanto faz...

As portas da percepção estão fechadas
As janelas da personalidade estão moldadas
Abra teu peito em tributo e respeito
Deixe invadir essa dor,este sorrir
Subitamente e demente em essência
Santíssima e bondosa malevolência!

Quebre o gelo e não tenha medo
Mantenha o sangue frio e se atire no rio
Banhado com sangue e suor,com mordomia
E mantenha as portas da percepção
Em eterna e constante harmonia...

Faça tua vontade e viva tua sanidade
Se atire e por um momento não respire
Sinta-se flutuar,sem receio de alcançar
O completo discernimento,de cada momento
E arrebente as trancas do seu coração
E abra silenciosamente,sem alarde
As portas da percepção...

domingo, 11 de setembro de 2011

Derrotas

Escrevendo certo em linhas tortas
Apagando a esperança com derrotas
Contando os passos,cortando os laços
Passando a limpo,vivendo no limbo
Do esquecimento e do lamento...

As dores que formam uma parede
Os estratagemas em forma de rede
Tudo tão conectado e dissimulado
Tudo tão claro,impossível de enxergar
Derrotas e mais derrotas,tudo igual
Um círculo de sofrimento
Um destino avarento...

O gosto amargo da decepção
A minha eterna e insistente
Falta de atenção...
A danação do meu espírito
A sentença final do meu ser
Na hora certa irei saber
Que as derrotas podem me dar
Aquilo que as vitórias sempre
Haverão de me negar...

Venha me visitar nessa prisão
Traga teu amor e tua ilusão
Deite-se nua e devore a lua
Com este olhar penetrante
De uma alma pálida e vagante
E me mutile e me construa
Me traga derrotas
me traga loucura!

domingo, 4 de setembro de 2011

Sublime(nar)

Vidas escondidas em caixas coloridas
Preto e branco subliminar
Azul escuro de tanto sangrar
Falta de opções,raras exceções
Um quadrado enquadrado por ai
Sem saber o motivo...e um círculo
É o seu mundo atual...

Nas profundezas da alma sofrida
Neste universo de uma só complexidade
Infinitamente dividida...
Sublime narcótico que entorpece
E a razão com o discernimento dorme
Como se não houvesse amanhã
Como se o hoje fosse sempre ontem
Um sono eterno de terno e gravata
Um sonho onde a realidade o maltrata!

Despenca aquele sorriso antigo
Que hoje em sua doentia memória
É o teu pior inimigo...
Dentro deste aquário de vidro vital
Vejo o que há lá fora,nada de anormal
Apenas um paralelo,uma ramificação
Do que chamamos de assimilação
São outros caminhos,outras alternativas
Sublime e subliminar,mais do mesmo
Mesmo assim quero exteriorizar
Meu íntimo pedaço deste vazio
Imenso vazio,que insiste em machucar!

sábado, 27 de agosto de 2011

Nunca mais

Sorrisos de plástico,empacotados e vendidos
Pessoas de massinha,sem graça nenhuma
Tudo tão igual e tão normal,tudo tão linear
Formatos e procedimentos,todos estão atentos
Ninguém quer se prejudicar,nem se tornar
Simplesmente uma alma decadente
Neste mundo de impérios vis e absurdos...

Nunca mais verei a tua sombra passeando
Pelos vales verdes,e depois voltando
Nunca mais chamarei o teu nome 
Nunca mais meus olhos brilharão
Quando de longe eu te reconhecer
Nesta fútil multidão...

Sei o quanto dói partir
Depois de tanto persistir
Sei que é complicado e errado
Estar certo de que tudo irá durar
Para sempre...ou sempre que quiser...

Nunca mais terei de volta este pedaço
Do que chamo de alma no espaço
Nunca mais saberei diferenciar
O que é real e tangível
Daquilo que é impossível
E invisível...
Nunca mais,e muito menos
Levarei uma grande vida pela frente
E me esquecerei de como somos pequenos!

sábado, 20 de agosto de 2011

Cicatrização

As vezes dói,as vezes não
As vezes é sono,as vezes é ilusão
As vezes quero saber,quero dizer
As vezes não sei mentir,nem fingir...

A noite caiu e com ela veio o impacto
De enxergar o invisível e vislumbrar o acaso
Um ritual diário de alienação da multidão
E novos conceitos surgem dessa cicatrização
De feridas não muito queridas
E batalhas que não valeram de nada!

Já acreditei no inacreditável
Já imaginei o inimaginável
Já tornei possível o impossível
Já purifiquei o que era terrível
Mas para mim tanto faz acreditar
Tanto faz viver quanto sonhar
É uma alucinação que me consome
E me faz sorrir,chorar,vibrar e explodir!

A dor que sinto a presença,mas não a ausência
A saudade que sinto,mas nunca omito
O passado inesquecivel e incorrigivel
De um sopro de pureza na terra da avareza
Um rabisco sem sentido e sem pretensão
Um buraco aberto no espaço/tempo
E uma perpétua e severa cicatrização
Da alma e do coração...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Viagem sem destino

De malas prontas e não tão pronto assim
Despreparado e desesperado do início ao fim
Com medo de temer o que não conheço
Com receio de aceitar o que não mereço
De avião,de carro,de trem ,de ônibus,de submarino
As horas não importam,estou em uma viagem sem destino!

Estou sem tempo para esquecer
Estou sem coragem para viver
Preciso de uma dose exata de incerteza
Preciso encontrar a linha tênue da avareza
Sei que não saberei,sei que não entenderei
Sei que não faz diferença,que é tudo uma só crença
No absurdo,no improvável...no interesse notável
O tributo é astuto,o desejo é impuro!

Hoje sou homem,um dia fui menino
Sou o resultado errado,inexato
Dessa viagem sem destino...
O reflexo no espelho da sua concepção
O fluxo mágico,o exilado,a maldição!

Nas entrelinhas,nas manchetes especiais
Nas telas do cinema,sempre iguais
Eu passo e com passos delicados
Eu sigo fora do foco,fora do ar
Por tempo indeterminado,para não sei quando
Para lá ou para cá,quiçá parado,ou caminhando
Rumo ao novo mundo do mofo passado e enterrado
Numa viagem sem destino,preso no sonho encantado!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O tudo e o nada

O que te satisfaz,o que lhe apraz
O que vem pela frente,o que ficou para trás
O livro vital aberto,a página virada
O muito pouco,o não suficiente
O tudo e o nada...

O quase certo,o quase errado
O mal exemplo,o bombom
O bem malvado...
A total impressão da parcial convicção
A turva imaginação da perfeita alucinação
O calar do silêncio, a frase abstrata e calada
O caminho traçado,o tudo e o nada!

As rosas sem cheiro,o gosto deturpado
Sentidos específicos,o semblante alterado
O desespero abraçado,a verdade transformada...
Em mentira,em crença,em uma letal doença
A mente demente,o brasão da razão
Inesquecível momento,leve relaxar...tormento!

A cada dia perdido,uma conquista criada
Para enfeitar a estante da alma estagnada
Presa na carcaça física,limitação divina
Necessidades básicas,rotina cretina
O grande cerco,o pequeno detalhe,a cilada
O plano quase perfeito,o tudo e o nada
A mancha no rascunho humano,superficial
O atrito do conhecido com o sobrenatural!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Liberdade é legal e leigal

   Estamos na era moderna,na era digital,onde a tecnologia aparenta não ter limites.A cada dia uma nova descoberta,e assim,uma nova questão emerge para dar continuidade à este ciclo fantástico de conhecimento.
   Estamos tão avançados por um lado que,pelo outro lado dessa moeda social-digamos assim-padecemos com os obsoletos dogmas religiosos,que insistem em apontar uma direção dita divina e correta.Isso se tornou uma cultura nacional,algo incontestável,algo absoluto e ironicamente algo contrário ao que se propõe com tais doutrinas e dogmas.
   Hoje em dia,a fé está tão ramificada,que logo mais cada indivíduo religioso vai ter sua própria igreja,ser o pastor e administrador,e o dono da verdade.Daqui a pouco,a religião vai se tornar um mercadão de peixes,somente com opções podres e fedorentas.
   O que era pra ser uma ferramenta de união,se transformou em publicidade,em joguinho de interesses,virou literalmente uma mercadoria,de péssima qualidade e procedência.Um detalhe importante:Você não escolhe qual delas é a melhor para você,até porque não existe esta opção,pois tudo está podre,mastigado e cuspido,para que todos se acabem nessa bizarrice social.
   Você para e pensa:Espera aí,o que está havendo?
   Ditadura,é isso que está havendo!E não defenda sua liberdade,pois a mesma atualmente nem faz parte da sua vida,pelo contrário,se encontra distante desse horizonte de moldes e regrinhas que todo mundo aceita de forma indireta e/ou indireta.
   Todos deveriam estar cientes que liberdade é legal e leigal,e que essa ditadura nefasta,que castiga nossas estruturas sociais e individuais,não passa de um produto que todo mundo compra,e cada um paga o que pode,mesmo sem poder,e isso se chama desequilíbrio,se chama exploração.Há muita desigualdade e muita injustiça por aí,mas nem preciso citar exemplos,pois isso é de conhecimento geral,infelizmente.
   Eu prezo por um Estado Laico,eu prezo pela liberdade legal e leigal,não apóio escravidão moral,tenho asco dessa ditadura religiosa que se ramifica a cada dia,fazendo das pessoas apenas números de estatísticas de fé e de idolatria.Só quem está no controle precisa disso,mas quem vive do lado de cá,como eu,só se depara com malefícios e infortúnios,conflitos e preconceitos que vão se solidificando em uma falsa verdade.
   Quando a crença vira uma doença,pouco a pouco a contaminação vai se expandindo.E vamos esperar pela cura ou vamos batalhar pela cura de todos aqueles que se recusam a aceitar e a participar desse absurdo?!?

LIBERDADE É LEGAL E LEIGAL!

VIVA O ESTADO LAICO!

ABAIXO A DITADURA RELIGIOSA!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Escravos do amor

De joelhos imploro,me liberte dessa prisão
Não há mais lágrimas para derramar,que decepção
Se há no amor a dor maior,essa dor é amar
Se existe o sentimento puro,anseio experimentar!

Seu escravo eu fui,agora não mais;eu sou
Submisso sim,mas tolo,dessa vez não
Fui para o fundo do poço,onde encontrei a razão
Das coisas sinceras e fúteis que fiz...
De tudo o que passou,se passou...

Segui um caminho certo,mas do modo errado
Voltei no futuro,avancei no presente,parei no passado
Te amei como um cego,não é tolice amar
Se eu contasse meus erros a ti perfeição
Você jamais iria acreditar...

Pensei em te fazer feliz,hoje eu sei
Que mais felizes do que queremos
Não podemos ser...
Vejo os planos que fiz,que enorme futilidade
Planejar sem saber do acaso,quanta ingenuidade!

Não somos donos do amor,somos seus escravos
Enquanto amarmos sem saber,seremos usados
Se te amo,o faço por pura e momentânea vontade
Quando o amor acabar,talvez ele volte
Com mais intensidade!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sem pudor a lua está nua

Bem longe daqui,onde poucos podem pisar
Somente uma impresão,podemos vislumbrar
Nenhuma regra humanamente legal
Nenhuma prisão,nenhum marginal!!!

Là está ela,como há milhões de anos
Bela e pura...
Não encontramos vida,não há o que destruir
Impossível construir uma sociedade,vamos sorrir
Pois sinceramente pura...
E sem pudor a lua está nua!

Como viemos ao mundo jamais iremos partir
Pois além do corpo desgastado,o pudor vai exigir
Bons modos e costumes,um exemplo de moralidade
Tão contrários à essência do ser,tão sem liberdade!

Dizem que não,mas não podem calar o silêncio
Controlam tudo,estão ficando descontrolados
Eles tem toda a razão,e não são julgados
Mas o maior erro do tolo é agir como um gênio!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um passo em falso

Apenas um erro de descrição
Um momento passageiro,ou não
Simplesmente a vida real e nada normal
Dentro da anormalidade de dias escuros
E noites banhadas na claridade...
Da desfigurada insanidade!

Um salto bem alto
Um passo em falso
Uma sensação vazia
Uma alma tão fria
Alguns motivos mofados
Alguns sonhos estragados...

Parado no tempo inexistente
Pensando no meu presente
Que foi desembrulhado e despido
Que foi massacrado e abatido
Mas que não desiste de ser...
O meu melhor presente!

Sólidos gases de uma animação
Que vai durar alguns segundos
Mas que são minha única opção
Ardendo na lava que lava o meu eu
E molda um monstro neste mundo
Que nunca me pertenceu...

Um rabisco no quadro geral
Um passo em falso,não faz mal
Se a maldade te consumiu,e assim sumiu
Aquele sorridente garoto adolescente
Que faleceu por dentro,veja só
Por enjoar de ser assim,tão contente
Infelizmente?!?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor e concreto

Me traga um pouco de amor e concreto
Alimente minha solidão,chegue mais perto
Ela não morde nem machuca,acredite
A menos que você a maltrate e a irrite
Neste caso é melhor tentar esquecer
Deste sentimento que parece tormento!

Por todos os lados eu vejo amor e concreto
Vejo pessoas tão felizes tendo o céu como teto
Admiro o fluir do vento pelas artérias do planeta
Acordo do sonho real de estar vivo,sem motivo
Lágrimas e sangue de uma criatura fria e rastejante
Presa na liberdade condicional,tão inconstante!

Amor e concreto,viagem sem destino
Especial ou normal,incrível ou cretino
Quanto ódio você pode consumir,antes que...
O mesmo te consuma?!?Compre,se puder pagar
E tenha uma vida repleta de vazio,vá procurar
Em palavras de outros,aquilo que é incapaz
De falar sem se culpar...

Troco amor e concreto por drogas letais
Chamadas de conhecimento e sabedoria
Pois é isso que eu buscava e pretendia
E vou jogar fora as embalagens usadas
De almas sem valor,pútridas e condicionadas
Os grandes ou pequenos,maiores ou menores
A perfeição ou não,me diga,de coração
Você é você...sou eu?Ou apenas mais uma
Parte de um processo de programação!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A magia dos sonhos

Muito mais que viver,muito antes de acordar
Menos que mais,muito menos que tentar
Erros são acertos,vitórias são derrotas
Onde não existem limites,não se pode abrir portas!
 
Destruir para criar,mérito ou falsidade?!?
Te amo da boca pra fora,mentira ou verdade?!?
Sem razão se constrói um caminho pra seguir
Sem motivos se descobre o porquê de existir!

A magia dos sonhos invade a vida sem avisar
Invasão perfeita,como ninguém poderia pensar
A magia dos sonhos é feita de pureza
Como a mente livre para descobrir...
Sua beleza...

Flutuei nas nuvens,nos teus braços acordei
Sonho ou realidade?!?Tanto faz se vivi ou sonhei
Te amo mesmo?!?Duvide de mim,jamais irei provar
Pois provas só existem em crimes,não é crime te amar!

A magia dos sonhos me encanta de forma igual
Ao que sinto sempre que penso no teu ser especial
A magia dos sonhos supera conceitos e normalidades
Você é maior que meus amores...
Maior que minhas amizades...!